A cirurgia robótica é uma forma avançada de cirurgia minimamente invasiva em que um cirurgião controla, através de um console computadorizado, instrumentos cirúrgicos localizados em braços robóticos. Nesse tipo de cirurgia, o cirurgião opera a partir deste console, localizado próximo ao paciente, utilizando controles manuais e pedais para manipular os instrumentos cirúrgicos. Os movimentos do cirurgião são traduzidos em movimentos precisos pelos braços robóticos que seguram esses instrumentos.
A cirurgia robótica é frequentemente usada em procedimentos que exigem uma precisão extrema e acesso a áreas do corpo difíceis de se alcançar, como cirurgias pélvicas (urológicas e ginecológicas), cardíacas, gastrointestinais, e de cabeça e pescoço. Alguns exemplos comuns e já bem estabelecidos, incluem a prostatectomia radical para câncer de próstata, cirurgia de câncer de útero, reparo de hérnia e cirurgia cardíaca minimamente invasiva.
A história da cirurgia robótica remonta ao final do século XX, quando os primeiros passos foram dados em direção ao desenvolvimento de sistemas robóticos para uso médico. A seguir estão alguns marcos importantes na história da cirurgia robótica:
- Nos anos de 1980 a 1990, várias empresas e instituições começaram a explorar o potencial de sistemas robóticos em cirurgia, incluindo a NASA e o Exército dos EUA.
- Em 1985, o primeiro sistema robótico cirúrgico, chamado “PUMA 560”, foi utilizado em uma biópsia cerebral guiada por tomografia computadorizada. Esse evento marcou o início da aplicação prática da robótica na cirurgia.
- Em 1999, o Sistema Da Vinci foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para uso em cirurgias laparoscópicas. Desenvolvido pela Intuitive Surgical, esse sistema robótico foi projetado para oferecer aos cirurgiões maior precisão, destreza e controle durante os procedimentos minimamente invasivos.
- Nas décadas seguintes, o Da Vinci passou por várias atualizações e aprimoramentos, tornando-se uma ferramenta essencial em uma ampla variedade de procedimentos cirúrgicos, incluindo urologia, ginecologia, cirurgia cardíaca, cirurgia torácica, cirurgia colorretal e cirurgia geral.
- O uso da cirurgia robótica se expandiu rapidamente em todo o mundo, com milhares de sistemas da Vinci instalados em hospitais e clínicas diversos países. Cirurgiões de diferentes especialidades continuam a explorar e aprimorar as aplicações da robótica na prática cirúrgica.
A introdução da cirurgia robótica no Brasil ocorreu nos 16 últimos anos, seguindo a tendência global de adoção dessa tecnologia na prática cirúrgica.
A cirurgia robótica começou no Brasil a partir de 2008, com a introdução do primeiro sistema Da Vinci, no Hospital Albert Einstein.
Hospitais e centros médicos de excelência foram adotando a cirurgia robótica no Brasil, e hoje já contamos com mais de 130 plataformas instaladas no Brasil.
A capacitação de cirurgiões para operar os sistemas robóticos foi uma prioridade para a disseminação da cirurgia robótica no Brasil. Vários programas de treinamento e certificação foram desenvolvidos em colaboração com instituições internacionais e empresas fabricantes dos sistemas robóticos.
A cirurgia robótica no Brasil é utilizada em uma ampla variedade de especialidades; mas, como em outros lugares, a urologia ganhou um enorme destaque. Praticamente todas as cirurgias urológicas são possíveis de se realizar através da abordagem robótica.
Apesar dos avanços na adoção da cirurgia robótica no Brasil, ainda existem desafios a serem enfrentados, como o acesso a sistemas robóticos em todas as regiões do país, custos associados à tecnologia e a necessidade contínua de treinamento e educação para cirurgiões e equipes médicas.
A cirurgia robótica oferece várias vantagens para a urologia, especificamente para o tratamento do câncer de próstata em comparação com as técnicas cirúrgicas tradicionais.
Os sistemas robóticos permitem uma precisão muito maior do que as técnicas cirúrgicas convencionais. Isso é especialmente importante em cirurgias delicadas, como a prostatectomia radical, onde a remoção precisa da próstata é essencial para preservar os nervos e tecidos circundantes. Os braços robóticos contam com um sistema de filtros, que evitam os movimentos involuntários dos cirurgiões. Os braços tornam os movimentos das pinças ainda mais delicados e precisos. Os estudo clínicos mostram que tudo isso faz com que ocorra menos sangramento e menor taxa de transfusão nos pacientes operados.
Os cirurgiões têm acesso a uma visão tridimensional ampliada e detalhada do campo cirúrgico, o que facilita a identificação e a remoção precisa do tumor, reduzindo o risco de danos aos tecidos saudáveis circundantes. Além disso o próprio cirurgião controla a câmera, facilitando sua própria visão. A magnificação da imagem alcança até 10 vezes.
A cirurgia robótica geralmente envolve incisões menores e técnicas menos invasivas do que as cirurgias tradicionais, o que resulta em menos dor no pós-operatório, menor tempo de internação hospitalar, recuperação mais rápida e um retorno precoce ao trabalho.
A capacidade de visualização e manipulação precisa oferecida pela cirurgia robótica pode ajudar os cirurgiões a melhor preservar os feixes vasculho-nervosos responsáveis pela função erétil e os músculos responsáveis pela continência urinária. Estudos clínicos demonstram uma taxa de continência precoce maior nos pacientes operados através da cirurgia robótica.
Estudos também sugerem que a cirurgia robótica pode levar a taxas de recorrência do câncer de próstata comparáveis ou até mesmo melhores do que as técnicas cirúrgicas convencionais, devido à remoção mais precisa do tumor e dos tecidos afetados.
Apesar das vantagens e do aumento significativo de plataformas robóticas no mundo, ainda encontramos várias barreiras, que dificultam sua disseminação por todos os locais.
Para facilitar o acesso desta tecnologia aos pacientes do Brasil, Paraguai e Argentina, oferecemos este serviço nos hospitais de São Paulo, onde contamos com uma excelente equipe médica e de suporte para melhor atendermos nossos pacientes. Entre em contato para tirar suas dúvidas. A cirurgia robótica é utilizada em uma ampla variedade de especialidades; mas, a urologia ganhou destaque.
Graduado em medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina, o Dr. Nario Takimoto é urologista e oncologista formado pelo Hospital A. C. Camargo Cancer Center. Com mais de 20 anos de experiência, realizou mais de 3 mil cirurgias de grande porte nestas áreas.
Atualmente vem se dedicando especialmente à cirurgia robótica e à cirurgia da próstata com laser (Holep).
Urologista e Oncologista – Contato: (45) 99822.0022
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